quarta-feira, 12 de maio de 2010

Uma pergunta para os ex-Diretores da ABP

Flávio Shansis, colega de Porto Alegre, comentando o post "Representatividade e Legitimidade", questiona abertamente, deixando bem claro que não é provocação mas sim um estímulo à reflexão: "...as pessoas que já exerceram cargos em Diretorias passadas da ABP entendem que, por não ter havido eleições diretas, teriam exercido, por isso, suas atribuições de forma não legitíma ou autoritária?"

Posso responder por mim, que participei de duas Diretorias anteriores. Não acho, absolutamente, que da forma como foram as eleições elas tenham sido ilegítimas. Muito menos que eu ou qualquer dos colegas tenhamos exercido nossas funções de forma autoritária, muito pelo contrário.

As decisões da Assembléia Geral dos Delegados sempre foram respeitadas e acatadas, mesmo quando contrárias à posição defendida pelo Presidente. Além disso, várias questões da competência da Diretoria foram levadas para discussão na Assembléia.

Na primeira gestão de que participei foi criado o Forum de Federadas, mantido na segunda, e hoje consolidado como instância de gestão participativa da ABP.

Como nem todos os ex-Diretores acessam o blog regularmente, vou repassar-lhes a pergunta para que se manifestem.

Hetem

2 comentários:

  1. Célia Mantovani Ferreira9 de junho de 2010 às 13:28

    Gostaria de comentar sobre os questionamentos acerca de eleições diretas, que têm sido postados neste local. Como associada, sei que minha participação e envolvimento com a política interna da ABP é mínimo, e, falando francamente, o que eu espero da ABP é que ela possa representar nossa especialidade e nos ouvir como associados, estando atenta às mudanças que o coletivo impõe. Em meu dia a dia, entre clínica e hospital,eu não me encontro disponível para me envolver com tais atividades (muito necessárias, a meu ver),e penso que isto ocorre com a grande maioria de nós.Por isso, entendo que aqueles que estão envolvidos mais proximamente com a ABP,( as federadas, no caso), são os agentes "eleitorais" portadores de mais legitimidade para representar suas sub-regiões, do que cada psiquiatra associado. Veja bem, se eu tivesse que votar hoje, como poderia votar, se não me é possível conhecer completamente o trabalho de cada um dos participantes da chapa! Ora, é muito importante que nós, como psiquiatras, que, entendo, cujo trabalho diário envolve diretamente a busca da verdade, não nos entreguemos a discussões importadas de ideologias políticas, do tipo "porque assim deve ser"... Tem que ser eleição direta porque senão não é democracia? Não vejo desta forma. Transmito meu apoio aos colegas que, "quixotescamente", se entregam a esta tarefa representativa, tanto nas federadas com seu trabalho regional, especialmente a de minha região ,para quem só tenho elogios, e para os participantes da diretoria, desta e anteriores. Meu muito obrigada.
    Célia Mantovani Ferreira ( Ribeirão Preto, SP)

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  2. josimarfranca@uol.com.br16 de junho de 2010 às 18:30

    Prezado Flávio,
    Fui também por nove anos diretor da ABP, até chegar à Presidência em 2004/2007.
    Antes tive passagem pela Associação Psiquiátrica de Brasília por pelo menos quatro mandatos.
    Fui o responsável pela mudanmça de Estatuto daquela Federada e fui também o primeiro Presidente eleito por voto direto dos associados.
    Creio que a proximidade das eleições deste ano, suscitam discussões como a que você coloca.
    Mas, em nenhum momento, enquanto estive na Ass. de Brasília, quanto na ABP, exerci em qualquer tempo algo que pudesse ser chamado de autoritário e autocrático.
    Não vejo que simplesmente pensando em se mudar o sistema eleitoral se mude tudo!
    A ABP cresceu e sem dúvida é a representação dos Psiquiatras brasileiros.
    Mas, a discussão está posta e não vejo dificuldaddes de se ampliar para uma nova estrutura.
    Vejamos que depois de 2007, a ABP já teve sua primeira eleição em duas chapas.
    A divergência na forma de condução faz parte de um processo democrático e limpo.
    Cabe aos Psiquiatras propor uma reforma, se for o caso.
    Temos que pensar grande, fortalecendo cada vez mais nossa ABP.
    E tem lutado muito apesar das dificuldades e entraves governamentais.
    As Diretrizes, representam um grande avanço para discussões em níveis municipal, Estadual e principalmente Federal.
    Uma conquista!!!!!
    Mas, como disse o diálogo é a maior possibilidade de se discutir o nosso futuro.
    E aAssembléia Geral de Delegados é o caminho para o encaminhamento de discussões que podem e devem ser ampliadas.
    Agradeço a oportunidade de participar desta discussão.
    No que for possível contribuir, estarei pronto.
    Um abraço a todos,
    Josimar França

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