sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Obrigado!

Hoje escrevemos não como candidatos a alguma função na ABP, mas sim como colegas agradecidos pelo apoio, estímulo e solidariedade.

Se havia dúvidas sobre a fragilidade do atual sistema eleitoral, elas foram resolvidas. Como é possível ter o apoio de centenas de associados e mesmo assim ser derrotado na votação da Assembléia de Delegados da ABP, em consonância com o Estatuto da Associação?

Simples. Seus votos não foram representativos da vontade dos associados.Isso nos força a uma reflexão. Escancara um entre tantos anacronismos presentes no Estatuto e que necessitam de revisão, cujo andamento terá que ser acompanhado de perto por todos.

A alternância de lideranças é um dos pilares da democracia. Torcemos para que a ABP continue acumulando conquistas e respeitabilidade, mantendo sua disposição para o diálogo técnico e sendo, cada vez mais, motivo de orgulho para seus associados.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cartas na mesa

Todas as reuniões para eleição de Delegados para a Assembléia Geral da ABP marcada para dia 26 próximo já aconteceram. Em poucas houve alguma contestação, de modo que os participantes dessa Assembléia histórica estão definidos. Esperamos que eles representem de fato a opinião dos Associados de cada Federada.

Como recebemos centenas de mensagens de apoio e estímulo, em número crescente nas últimas semanas, estamos confiantes. Se vencermos a eleição, com a ajuda e participação de todos os interessados em uma ABP mais ágil e democrática, vamos colocar em prática nossos compromissos de campanha e nossas propostas.

Compromissos de Campanha:

1. Reforma do Estatuto, necessária para mudança do sistema eleitoral, entre outras questões relevantes e que precisam ser atualizadas;

2. Profissionalização da Editora ABP;

3. Manutenção do Congresso itinerante, com redução da taxa de inscrição para os associados, revisão da partilha do se resultado financeiro e auditoria externa/acompanhamento pelo Conselho Fiscal das contas da(s) federada(s) que receberem o repasse.

4. Criação de Comissão para avaliar as Residências Médicas e Cursos de Especialização;

5. Defesa de rede integrada de assistência ao paciente com transtorno mental, da qual fazem parte hospital psiquiátrico, CAPS, unidades psiquiátricas em hospital geral, residências terapêuticas e unidades de emergência, mas que deve ser centralizada no ambulatório especializado.

No nosso entender, são questões básicas que se apresentam como o desafio a ser superado para que a ABP siga crescendo e tendo influência nos rumos da prática psiquiátrica no Brasil. Assim sendo, quem quer que esteja à frente da ABP nas próximas gestões terá que enfrentá-los.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Prestação de Contas

Apresentamos aqui a prestação da contas da campanha eleitoral de nossa chapa "ABP de Todos os Psiquiatras: Democracia e Trabalho", cobrindo o período de abril a setembro/2010. Esperamos dessa forma contribuir para total transparência do processo eleitoral.


Impressos -------------------------------------------------- - R$ 400,00
Correios ---------------------------------------------------- - R$ 350,00
Mail Marketing --------------------------------------------- - R$ 1.060,00
UOL Host (site) ---------------------------------------------- - R$ 140,00
Bilhetes aéreos ------------------------------------ - R$ 5.105,00 + 30.000 pontos
Locação de sala e equipamentos (Ibis Congonhas) ---------- R$ 674,00
Diária de Hotel --------------------------------------------- - R$ 89,00
Refeições --------------------------------------------------- R$ 334,00
Táxi ------------------------------------------------------- R$ 300,00
Ônibus (Ribeirão-SP) --------------------------------------- R$ 117,00

TOTAL ---------------------------------------------------- R$ 8.569,00
Observações:
1. Os centavos foram arredondados;
2. Os bilhetes aéreos dizem respeito ao deslocamento dos candidatos para a reunião presencial da chapa. Foi dessa mesma reunião o gasto com locação de sala e equipamentos.

Todos os gastos, sem exceção, foram cobertos pelos candidatos a Diretoria Executiva.

Como o Talvane, nosso candidato a Vice-presidente, costuma dizer, é uma campanha pobre de recursos, até porque sem subsídio algum, mas rica em conteúdo (compromissos de campanha, propostas concretas, metas, seriedade, honestidade e legítimo comprometimento com a vida associativa).

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A "Eleição das Procurações"

O que deveria ser um marco na história da ABP corre o risco de tornar-se uma nódoa.

Esta parece ser a "Eleição das Procurações". Em Florianópolis, São Paulo (APM) e Rio (APERJ) houve abuso de procurações para votar. O que dizer de eleições em que o número de votantes por procuração era maior do que o de presentes na reunião? Colegas com 15, 20 e mesmo 30 procurações!

E quem passou essas procurações? Como elas foram obtidas? As pessoas foram devidamente informadas do que se faria com elas? Não temos resposta para as duas últimas perguntas, mas, pelo menos na APM, a maioria dos que passaram procurações é de ilustres desconhecidos; colegas pouco ligados à vida associativa.

Além disso, muitas das procurações sequer tinham firma reconhecida. É isso uma eleição democrática? Ou apenas uma manobra para tomar o poder sem a menor consideração com o que pensa a maior parte dos associados?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Posicionamento da ABP sobre o Processo Eleitoral

A ABP enviou hoje uma newsletter para seus associados, na qual faz considerações e um alerta sobre os riscos envolvidos em uma eleição. Veja abaixo a reprodução na íntegra do texto.

O processo eleitoral deve significar avanço e não retrocesso

Em outubro, na véspera do Congresso Brasileiro de Psiquiatria, acontecerão as eleições para escolha da nova diretoria, dos secretários regionais e dos membros do Conselho Fiscal da ABP. Está em curso a campanha eleitoral dos grupos que pretendem estar à frente da instituição nos próximos anos. A atual diretoria se manteve, até o momento, afastada da discussão.

Tal postura de distanciamento, lamentavelmente, não é mais possível. É dever da diretoria interferir quando percebe qualquer risco ao patrimônio e aos valores da ABP. O período eleitoral não pode servir como palco para propagação de calúnias e difamações, colocando em risco conquistas da instituição. Isto é intolerável!

Ataques ao CBP, ao fato de englobar no seu programa diferentes tendências e correntes de pensamento, ou que é dominado pela indústria farmacêutica, só podem ser feitos por quem não conhece o cuidado que se tem com conteúdo e independência da programação científica. Ou, pior ainda, por quem prega patrulhamento e obscurantismo. As críticas, muitas protegidas pela informalidade da internet, são feitas sem embasamento técnico ou propostas objetivas para melhorias. Está claro que servem apenas ao calendário eleitoral e as pessoas por trás delas não avaliam o prejuízo permanente e coletivo que isso pode causar.

Outra distorção desse processo é a utilização de jornadas regionais e locais como ferramentas de campanha eleitoral. É um desrespeito com os associados que confiam que essas atividades visam apenas seu desenvolvimento profissional e apoio à formação. Além disso, pode significar uso indevido de recursos destinados a eventos científicos.

O processo eleitoral pode ser um meio de evolução da ABP se conduzido de maneira madura e responsável. Principalmente, deve servir ao crescimento da instituição, respeitando o princípio de que o coletivo é mais importante que o individual. E, dentro desses limites, os associados esperam propostas de trabalho, discussão técnica e, sobretudo honestidade.

Não é papel da diretoria intervir para corrigir essas distorções, mas sim alertar. Neste momento em que, coincidentemente, também passamos por eleições no Brasil é fundamental cuidar para que os vícios observados na política tradicional não invadam a ABP. E lembrar que aqueles que utilizam meios questionáveis para chegar ao poder não têm capacidade nem intenção de exercê-lo dignamente.

João Alberto Carvalho
Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria

domingo, 19 de setembro de 2010

Apoio de João Alberto Carvalho

Dizem que declarações elogiosas de Amigos não contam, mas a de João Alberto Carvalho, Amigo-irmão, tem um grande valor, principalmente pelos conceitos e posições que tem sobre a ABP, que nós da chapa "ABP de Todos os Psiquiatras: Democracia e Trabalho" compartilhamos.

Caro Hetem,

Veja abaixo. Estou lhe enviando uma carta de apoio à sua candidatura, como associado da ABP que sou. Sinta-se à vontade para divulgar minha mensagem se for útil.

Um abraço forte,

João


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Como os homens, as instituições têm nome e história a zelar

Estou há muitos anos participando ativamente de atividades institucionais da ABP. Integrei diretorias da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria e da ABP, esses últimos três anos como presidente da nossa associação, e também atuei no CRM de Pernambuco. A partir de novembro vou deixar as atribuições oficiais como representante dos médicos em geral e psiquiatras em particular e me dedicar exclusivamente ao consultório e à universidade, funções das quais já me ocupava, é importante ressaltar, antes de me dedicar aos cargos representativos. Deste período levo a satisfação do dever cumprido, a certeza de que fiz tudo o que esteve ao meu alcance para honrar a confiança oferecida pelos colegas e as boas amizades adquiridas e reforçadas.

Apesar disso, me sinto responsável pelos rumos da ABP nos próximos anos. E, após tantas conquistas, me sinto confiante de que os associados não permitirão que nossa associação se desvie do bom caminho.

Com mais de 40 anos, a ABP se tornou uma instituição importante, em tamanho, representatividade e respeitabilidade. Estruturalmente, ano após ano, conseguimos agregar mais benefícios aos associados e institucionalmente, hoje, somos relevantes. Tudo isso com a mais completa transparência nas atitudes e na aplicação dos recursos e intensa colaboração com as lideranças regionais.

Atingir esse estágio não foi fácil, dadas as mais variadas limitações. Os colegas que dirigem núcleos e federadas sabem bem do que estou falando.

As sucessivas diretorias da ABP, no entanto, souberam atenuar as dificuldades com afinco e competência e todas completaram seu exercício entregando aos sucessores uma associação melhor do que a encontraram. Cada uma ao seu estilo e com posições próprias trabalharam sempre em favor da psiquiatria.

É verdade que aconteceram divisões, divergências entre grupos e conflitos de opiniões, como é natural e saudável em um ambiente democrático. Apesar disso todos sempre estiveram unidos no respeito incondicional ao princípio fundamental da ABP: Defender os psiquiatras e os pacientes e promover a psiquiatria e a ciência com ética e honestidade. A instituição sempre a serviço dos associados e não de interesses pessoais.

Por conta dessa postura ética inflexível, mesmo quando nossas opiniões foram contestadas, em nenhum momento a integridade dos nossos propósitos foi alvo de dúvidas. Nossos interlocutores sempre souberam que as conversas com a ABP se dão às claras e que não existe espaço para negociatas dentro da associação. Nem mesmo comentários levianos encontram ambiente para prosperar. E, tenham certeza, caso tivéssemos qualquer fragilidade nesse sentido, nossos adversários já teriam nos desqualificado do debate.

Sem desmerecer a competência e o esforço de todos aqueles que, como eu, emprestaram parte do seu tempo na construção dessa instituição, o sucesso da ABP se deve principalmente aos valores pregados por seus associados e seguidos pelos seus diretores. Grandes empreendimentos não prosperam sem credibilidade.

Como os homens, as instituições têm um nome e uma história a zelar. A preservação dos nossos valores deve ser o norte principal das eleições de outubro.

Diante disso, posso garantir a todos que pelo caráter, competência e comprometimento, Luiz Alberto Hetem é a pessoa mais indicada para estar à frente da ABP nos próximos três anos. Tenho certeza que, com os colegas que escolheu para compor sua diretoria, vai proporcionar significativos avanços institucionais. Mas, principalmente, vai preservar o respeito que adquirimos nesses mais de 40 anos.

João Alberto Carvalho




quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Congresso Brasileiro de Psiquiatria

O Congresso Brasileiro de Psiquiatria é o terceiro maior evento da especialidade. À frente dele somente o da Associação Psiquiátrica Americana e o da Associação Mundial. Diferentemente do que alguns querem fazer crer, é um congresso eminentemente médico - nas últimas edições 85% dos participantes são médicos, sendo mais de 80% psiquiatras.

Ele é itinerante, sendo que o número de cidades capacitadas a recebê-lo é cada vez menor em virtude das proporções que atingiu. A média de público nos últimos anos é de 5000 inscritos.

Seu programa científico é montado com base nas sugestões dos associados, às custas de trabalho enorme e dedicado da Comissão Científica, completamente independente da Diretoria da ABP. Repetidamente os questionários de avaliação preenchidos pelos congressistas revelam elevado índice de satisfação.

A orientação pluralista contribuiu para o crescimento do CBP. A função de um congresso científico é promover o debate, o que exige a apresentação de várias idéias, mesmo que conflitantes. Preocupa-nos a ocorrência de manifestações, travestidas de “clamor pela democracia”, questionando o CBP por ele ser muito...democrático.

Os indicativos de sucesso, entretanto, não permitem acomodação. Alguns dilemas e problemas persistem. Por exemplo:

Continuar ou não a alternância de cidades-sede?

O que poderia ser feito para valorizar nosso associado? Não há evento científico deste porte que não seja custeado em parte por taxas de inscrição. Na maioria inclusive os valores são maiores que os do CBP.

Como fazer para que o resultado financeiro do congresso beneficie mais federadas? Esse é um desafio que teremos que enfrentar. Atualmente, por decisão da Assembléia de Delegados, a(s) federada(s) sede fica(m) com 30% do lucro do evento e depois do repasse não se tem mais controle ou auditoria do que é feito com o dinheiro.

Propomos: congresso itinerante, em cidades que tenham condições de recebê-lo, redução da taxa de inscrição para os associados da ABP, revisão da partilha do resultado financeiro do CBP com redimensionamento da sua distribuição em benefício de maior número de federadas e auditoria externa/acompanhamento pelo Conselho Fiscal das contas da(s) federada(s) que receberam o repasse.

Defendemos e praticamos uma campanha eleitoral calcada em discussão de idéias e divulgação ampla de propostas realistas, exeqüíveis, que permitam a continuidade do crescimento e do fortalecimento da ABP. Só assim é possível uma ABP de Todos os Psiquiatras.